Soja perde espaço, mas mantém liderança, enquanto celulose avança no ranking de exportações de MS
08/12/2024
Juntas, soja e celulose somaram 56,68% da receita total em 2023 e 57,31% em 2024, segundo o MDIC. MS deve registrar produção recorde de soja na safra 2022/2023
Reprodução/TV Morena
A soja se mantém no acumulado de janeiro a novembro de 2024 como o principal produto exportado por Mato Grosso do Sul, mas, na comparação com o mesmo período de 2023, perdeu participação relativa frente ao total da receita do estado. Em contrapartida, a celulose, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ampliou seu protagonismo no ranking sul-mato-grossense.
Em 2023, a soja representava 41,83% da receita total com exportações do estado, com um valor de US$ 3,833 bilhões. Em 2024, esse percentual caiu para 31,23%, com receita de US$ 2,834 bilhões. Por outro lado, a celulose ampliou sua participação de 14,85% (US$ 1,360 bilhão) em 2023 para 26,08% (US$ 2,367 bilhões) em 2024.
Em 11 meses do ano passado, o estado exportou US$ 9,848 bilhões, e, no mesmo intervalo deste ano, US$ 9,298 bilhões, o que representa uma redução de aproximadamente 5,6% nessas operações. Juntas, soja e celulose somaram 56,68% da receita total em 2023 e 57,31% em 2024.
Ranking dos 10 principais produtos exportados
2023
Soja: US$ 3,833 bilhões (41,83%)
Celulose: US$ 1,360 bilhão (14,85%)
Milho em grão: US$ 855,403 milhões (9,34%)
Açúcar: US$ 790,836 milhões (8,64%)
Carnes desossadas e congeladas de bovino: US$ 607,378 milhões (6,63%)
Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja: US$ 413,971 milhões (4,52%)
Pedaços e miudezas congelados comestíveis de galos/galinhas: US$ 268,154 milhões (2,93%)
Farinhas e pellets da extração do óleo de soja: US$ 265,880 milhões (2,90%)
Carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovino: US$ 216,594 milhões (2,37%)
Dos dez produtos, nove pertencem ao setor agroindustrial, totalizando US$ 9,520 bilhões, o equivalente a 96,88% do total exportado pelo estado em 2023.
2024
Soja: US$ 2,834 bilhões (31,23%)
Celulose: US$ 2,367 bilhões (26,08%)
Açúcar: US$ 799,950 milhões (8,81%)
Carnes desossadas e congeladas de bovino: US$ 767,606 milhões (8,46%)
Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja: US$ 404,384 milhões (4,45%)
Carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovino: US$ 356,791 milhões (3,93%)
Farinhas e pellets da extração do óleo de soja: US$ 263,060 milhões (2,90%)
Milho em grão: US$ 204,064 milhões (2,25%)
Pedaços e miudezas congelados comestíveis de galos/galinhas: US$ 189,717 milhões (2,09%)
Em 2024, novamente nove produtos são do setor agroindustrial, somando US$ 9,074 bilhões, o que corresponde a 97,58% do total exportado.
Países
A China se manteve como o principal destino das exportações sul-mato-grossenses, ampliando sua participação de 40,20% (US$ 3,959 bilhões) em 2023 para 46,35% (US$ 4,309 bilhões) em 2024.
Principais destinos das exportações
2023
China: US$ 3,959 bilhões (40,20%)
Argentina: US$ 1,084 bilhão (11,01%)
Estados Unidos: US$ 467,627 milhões (4,75%)
Holanda: US$ 317,430 milhões (3,22%)
Japão: US$ 300,412 milhões (3,05%)
2024
China: US$ 4,309 bilhões (46,35%)
Estados Unidos: US$ 616,068 milhões (6,62%)
Holanda: US$ 444,642 milhões (4,78%)
Indonésia: US$ 265,511 milhões (2,86%)
Itália: US$ 249,423 milhões (2,68%)